quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Li, Gostei e Postei...

Nas tortuosas curvas da vida encontrei,
Quem me tocou forte sem imaginar,
Por quem desenvolvi grande empatia,
E por si na solidão comecei a navegar,

Tocou-me de um modo inexplicável,
Numa dimensão difícil de imaginar,
Instalando uma ternura inabalável,
Que me faz na solidão navegar,

Nem sei bem como me apaixonei,
Apenas vendo tão doce alma passar,
Perdi-me loucamente nos seus olhos,
E na solidão fiquei a navegar,

Recordo aquele dia deveras stressante,
E que tão originalmente ousei me declarar,
A sua delicadeza foi tão estonteante,
Que na solidão me deixou a navegar,

Quando o emocional supera o físico,
E me rendo à doçura daquele olhar,
Sinto-me a cada dia mais perdido,
Nesta solidão onde passei a navegar,

Pergunto-me se lhe serei indiferente,
Pois temos tudo para poder até resultar,
Se o seu compromisso é a única razão,
Para nesta solidão me fazer navegar,

Assim tão perdido nesta paixão,
Por quem não me pode amar,
Escravo de um amor silencioso,
Que na solidão me faz navegar,

Por mais acetinados lençóis que conheça,
Apenas só naquela doçura consigo pensar,
Naquele andar calmo e bamboleante,
Que me faz nesta solidão navegar,

Neste mar da vida de ondas em revolta,
Envolto num imenso turbilhão de emoções,
Nesta frágil canoa em que ousei embarcar,

Perdido nesta paixão algo impossível,
Larguei os remos e perdi o meu rumo,
Nesta solidão em que insisto navegar...

J.Trovão

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